Foi na quinta-feira, logo pela manhã. O Monge regressou das correrias habituais pelo montado já a arrastar-se. Caiu mesmo em frente da porta aqui de casa, em agonia. Muito provavelmente um ataque cardíaco. Chegámos ao veterinário, que estava a abrir a porta, mesmo em cima das nove. O Monge tinha acabado de morrer. O Monge, o cão inesquecível que em pequenino dormia debaixo das flores, como nesta foto, descansa agora à sombra de um vimeiro, uma das árvores daqui de que mais parecia gostar.
Em tempos, publiquei neste blog uma série intitulada «Quando ele era pequenino». Deixo a seguir os links: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.
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Em tempos, publiquei neste blog uma série intitulada «Quando ele era pequenino». Deixo a seguir os links: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.
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13 comentários:
O Monge foi feliz! ... é assim que se cumpre a vida! Bem-haja por tudo o que lhe proporcionou! Um abraço,
Ana Paula Fitas
Lamento muito.
Infelizmente, sei como é triste quando um desses quatropatudos nos deixa.
Beijinhos
Deixo aqui o meu abraço... Perante estes acontecimentos que nos esperam ao longo deste tempo, gosto sempre de recordar tudo o que de bom procurámos trazer aos outros (todos os seres) neste encontro da vida *
Custa muito. Sei perfeitamente o que custa perder um amigo; o melhor amigo.
O Tobias morreu há mais de um ano e ainda hoje quando vejo fotografias do cão lembro grandes momentos de felicidade. Nada se compara à alegria e dedicação de um cão para com o dono. É incondicional, pura e inabalável.
Há tempos conversava eu com outro amigo meu, este chama-se Hélder Costa, e falávamos exactamente disso. Eu até lhe sugeri uma experiência algo radical mas que, segundo as tertúlias machistas, não falha quando se quer testar a fidelidade dos que nos são mais próximos. Disse-lhe: experimenta trancar a tua mulher no porta-bagagens do carro durante duas horas; depois fazes o mesmo ao teu cão. Ao abrires o porta-bagagens, qual deles ficou contente por te ver?
Compreendendo, o Monge e todos os outros cães ladrariam às gargalhadas.
Um abraço.
Lamento muito.
Um beijinho.
Inês
António:
Compreendo. As perdas não se limitam às pessoas.
Há muitos anos, quando os meus filhos eram ainda muito pequenos, tivemos aqui um cão que eles baptizaram de Pluto. Era um cão tão peculiar que permitia que os gatos que passavam pelo quintal se servissem da sua comida. Houve mesmo um gato que se habituou a comer restos de carne. Além disso,alguns desses gatos chegaram a dormir perto dele!
Quando era muito velho e já estava muito fraco, arrastou-se um dia para a porta de casa, perto da hora a que a minha mulher regressava do trabalho. E, quando ela chegou, num último esforço, levantou a cabeça e olhou para ela. Foi só o tempo de receber uma festa. De seguida, tombou-lhe a cabeça e morreu!
Cinco aninhos, mesmo para um cão, é muito pouco tempo. Não é justo. Ficam as imagens e a preguiça da memória. E em homenagem, este poema:
UM CÃO DE CÁ...
Cão não é gato.
De fato,
cão é quase gente,
mas não mente.
Também não é leão,
não.
Mas no essencial,
a coragem é igual.
Cão é de homem!
Já viu homem puxando gatinho pela trela?
Gato é de mulher!
Já viu mulher segurando mastim?
Tem assaltante em casa?
Cão enfrenta!
Gato?
Nem tenta!
Gato é companhia...
que mia.
Cão é muleta d’invisual!
Mas que animal!
Cão te adora.
Não te explora,
como gato egoísta e maltês
que já fugiu outra vez!
Meu cão meu amigo.
Jorge Santiago
Novembro 2007
Oh :(
triste semana esta...os manos decidiram partir na mesma altura.
jpbarreiros
Muito obrigado pelas vossas palavras.
Abraços,
António
Mas, António Manuel Venda, porque é que ele morreu? Ele estva doente? O António Manuel Venda notava algo de diferente? É horrível ver esta coisa tão querida morta. descanse-me e diga-me, por favor, se foi, ou não, uma morte repentina. Que dor e que lágrimas ver assim o bebé Monge... mias valia não ter visto....
Esta foto é de quando o Monge era pequenino. Costumava dormir assim debaixo das flores. Morreu há poucos dias, já adulto,com cinco anos. Foi de repente, pensamos que de ataque cardíaco.
Sempre triste. Deixei de ter animais há anos por causa disso mesmo. as ao fim de algum tempo eles voltam, felizmente.
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