É um caso de óbvia falta de vergonha. Cavaco Silva «homenageou» Salgueiro Maia duas décadas depois de, enquanto primeiro-ministro, lhe ter recusado uma pensão; e de ter atribuído poucos anos a seguir pensões a dois ex-agentes da PIDE. Se agora queria fazer alguma coisa, deveria era ter pedido desculpa pela atitude deplorável que teve enquanto primeiro-ministro e evitar mais figuras tristes.
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2 comentários:
De facto, a história tem destas coisas: há quem se esqueça facilmente do passado, ou melhor, há quem não se lembre do que pode vir a ser no futuro... Infelicidades que, a cada passo, nos circundam.
E ainda há quem acuse o povo de indiferença...
António:
Absolutamente lamentável!
Tão lamentável que - se me perguntarem um exemplo prático do célebre dito «pior a emenda que o soneto» - passarei a contar esta história para o ilustrar.
Entre a atitude do passado e o gesto do presente, tenho quase a certeza que este foi o mais ofensivo para Salgueiro Maia.
(Entretanto "parece" que a culpada foi a burocracia. Ainda bem, porque é sempre bom que a culpa não morra solteira!)
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