domingo, 10 de fevereiro de 2008

A ética pública

Notável a intervenção inicial de Daniel Oliveira na edição deste fim-de-semana do programa «O Eixo do Mal». Uma explicação muito clara sobre a «ética pública» de José Sócrates, que considerou estar abaixo do mínimo que se exige para um cargo como o de primeiro-ministro.

2 comentários:

Anónimo disse...

António:

Também ouvi.
Mas poucos portugueses se preocupam com ética "lato sensu" quanto mais com a ética política.
Se mergulharmos bem no Portugal profundo, os tipos de expedientes que têm vindo a lume, são muitas vezes motivo de elogio, quer pela esperteza, quer pelo sentido do "desenrascanço" que transmite à maioria dos portugueses.
Ouvimos muitas vezes dizer: Fulano é esperto e é um fura-vidas! E com muita pena minha, não consigo extrair dessa exclamação, outro sentido que não seja uma indisfarçável admiração e uma certa inveja mitigada.
Isto, aliado à prática da cunha, das ofertas "sem importância", do empurrãozinho, constitui o caldo de cultura que leva grande parte das pessoas a dizer: deixem lá o homem, cada um desenrasca-se!
A lei poderia ajudar a mudar. Mas a maioria dos dignitários não estão interessados na mudança. Até porque, isso lhes é favorável, quanto mais não seja, para não destruir a complacência popular, que lhes vai servindo de almofada protectora.
Custa admitir isto, mas é o que temos. Talvez daqui a umas gerações haja mudanças significativas. Por agora, não.
Hoje acordei pessimista.

Desculpe o desabafo,

Anónimo disse...

Você está cheio de razão. Não se trata de pessimismo, infelizmente.

Claro que o primeiro-ministro ainda se deve rir disto tudo.

António