sábado, 2 de fevereiro de 2008

Rui Marques

Rui Marques deixou o cargo de Alto-Comissário para a Imigração e o Diálogo Intercultural. Coloco a seguir três excertos do que disse numa entrevista que publiquei há uns meses na revista «Pessoal».

«Muitos jovens que tentam aceder a um emprego, pelo facto de morarem onde moram, pela cor da sua pele, são afastados de oportunidades, o que é uma tremenda injustiça. Temos todos que fazer um esforço e combater o preconceito, o estereótipo, formas invisíveis e não ditas de discriminação que são muito injustas. Não se trata de discriminação positiva, não se está a dar aos imigrantes ou a quem vem de bairros pobres mais do que se dá a outro cidadão.»

«A diversidade que hoje temos é uma enorme riqueza para o nosso país. A diversidade cultural é o que faz a força das sociedades actuais, porque é num clima de diversidade cultural que a inovação pode ser gerada. Também apresenta desafios; é preciso que se saiba fazer viver juntos, fazer conviver pessoas com diferentes religiões, diferentes culturas, diferentes histórias pessoais… Mas sou francamente optimista quanto ao sucesso de sociedades multiculturais. »

«Da mesma forma que para uma sociedade a diversidade é um factor competitivo à escala global, os países que sabem usar melhor a diversidade são mais competitivos em termos internacionais. No quadro das empresas isso é fundamental, porque só em ambiente de grande diversidade é que a criatividade e a inovação atingem o seu expoente máximo. Uma empresa constituída por recursos humanos muito homogéneos tem pouca margem de criatividade e de inovação, factores que sabemos serem críticos para o sucesso.»

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