segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O professor de José Mourinho

Uma entrevista com um professor de José Mourinho. Coloquei-a no blog «Mundo RH». Para ver, clicar aqui. Alguns excertos do que disse Manuel Sérgio…
«O que sempre o distinguiu foi o facto de ser uma pessoa que pensava e que levantava perguntas. Era muito extrovertido.»
«Tudo o que prevê, ele acerta. E ganha tudo. Se diz que vai ganhar o campeonato é porque vai. Há-de errar noutras coisas, mas no trabalho não.»
«Ele é extremamente inquieto, quer sempre saber mais. É um homem de estudo, que se actualiza permanentemente.»
«A primeira coisa que ele faz quando chega a um clube é impor-se aos chamados ‘donos do balneário’ e demonstrar que ali quem manda é ele. E se não lhe obedecerem são excluídos. Desde garoto que é um líder.»
«Lembro-me perfeitamente de ele ter dito que o Real Madrid era o único clube do mundo para onde não gostaria de ir porque de certeza que se incompatibilizaria com quase todos os jogadores.»
«O Peseiro não tem a coragem e a perspicácia inata do Mourinho para ver os problemas.»
«O José Mourinho terá sucesso em qualquer lugar onde se lhe dê funções de liderar o treino. Claro que, e citando Ortega Y Gasset, ‘eu sou eu e a minha circunstância’. Ele pode ter uma circunstância de tal maneira adversa que não o deixem trabalhar.»

2 comentários:

Luis Eme disse...

Claro que existem grandes exageros em todos estes elogios, vindos de alguém, que mesmo sendo professor catedrático, só é notícia por falar de Zé Mourinho.

Conheci o Zé Mourinho, quando tinhamos, 14, 15 anos, e jogámos juntos na equipa de iniciados do Caldas. Ele não era o lider da equipa, era mais um bom companheiro da equipa. E tinha a humildade de fazer de apanha-bolas nos jogos dos seniores, mesmo sendo filho do treinador...

Mais tarde, já no Sporting, entrevistei-o para o "Record". Continuava simples, embora mais reservado, e claro, já meio desconfiado com o meio jornalistico.

Mas nada fazia supor que teria alguns anos depois o êxito que teve.

A sua grande virtude, além de querer aprender sempre mais, foi não querer ser um grande treinador antes do tempo. Por isso é que foi adjunto tantos anos...

Mas o mais importante da sua carreira tem sido o facto de ser um trabalhador nato, alguém que só pensa futebol, além de ter tido até agora bastante sorte... (o FCPorto só foi Campeão Europeu, com uma grande ajuda dos deuses - e porventura de alguns árbitros, segundo alguma má língua).

Claro que hoje é fácil alguém dizer todas estas coisas que disse o Manuel Sérgio. Mas há dez anos, se lhe perguntassem o que pensava de Zé Mourinho, talvez dissesse, que era um bom "adjunto"...

Anónimo disse...

Não muda muito as coisas; mas entrevista de finais de 2004 - não coloquei aqui a referência, porque está no texto de entrada do outro blog.