Das coisas que retive da última presença de Sócrates no parlamento, a que destaco é uma das suas muitas reacções enfurecidas, precisamente aquela em que a propósito das acusações que lhe fazem (e com razão) de que tem promovido no país um ambiente que lembra outros tempos, anteriores a 1974, lembrou a Marques Mendes que ele fez parte do governo que censurou um romance do Nobel (agora ibérico) Saramago, «O Evangelho Segundo Jesus Cristo». Sócrates esteve bem na lembrança, porque aquilo que referiu foi um acto vergonhoso de gente que também mostra alguma dificuldade em conviver em ambiente democrático. Devia era de voltar a referir o assunto numa das suas próximas visitas ao Palácio de Belém, quando lá se for encontrar precisamente com o homem que chefiava o governo dos tempos da censura do tal romance.
1 comentário:
também gostei de ouvir o lembrete
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