Notícia já de ontem (pelo menos ouvi-a à noite na televisão), mas copiada da edição on-line do «Diário de Notícias» de hoje (texto de João Paulo Mendes).
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Directora demitida por causa de cartaz «jocoso»
Ministro da Saúde alega quebra de lealdade
A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, foi exonerada pelo ministro da Saúde por ter sido afixado nas instalações um cartaz considerado ofensivo para Correia de Campos.O cartaz, uma fotocópia de uma entrevista dada pelo ministro a 6 de Agosto do ano passado, com o título «Nunca vou a um SAP nem nunca irei», foi colocado por um médico, vereador da CDU na Câmara de Guimarães, que acrescentou à mão: «Façam como o ministro e vão às urgências a Braga», apurou o DN. Maria Celeste Cardoso, casada com o vice-presidente da autarquia local, eleito pelo PSD, foi substituída no cargo por Ricardo Armada, vereador do PS na Câmara de Ponte da Barca.A exoneração ocorreu em Janeiro, mas o despacho só ontem foi publicado em Diário da República. Nele pode ler-se o seguinte: «Pelo despacho (...) do Ministro da Saúde, de 05 de Janeiro, foi exonerada do cargo de directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho (...), com efeitos à data do despacho, por não ter tomado medidas relativas à afixação, nas instalações daquele Centro de Saúde, de um cartaz que utilizava declarações do Ministro da Saúde em termos jocosos, procurando atingi-lo». Maria Celeste Cardoso não quis ontem falar, mas, segundo o DN apurou junto de fonte conhecedora do processo, «o médico António Salgado Almeida colocou o cartaz com a entrevista dada pelo ministro ao Jornal de Notícias num placard próximo do serviço de Urgências». De acordo com a mesma fonte, «a afixação ocorreu durante um fim-de-semana de Outubro ou Novembro em que a directora não estava no centro». Nesse domingo, «um membro do PS local apareceu e fotografou o cartaz». Depois, acrescentou, «pediu o Livro Amarelo para fazer queixa», e «enviou as fotos para a ARS/ Norte». Após ter tido conhecimento deste episódio através de um telefonema de uma funcionária do centro, e simultaneamente da afixação do cartaz, a directora «deslocou-se às instalações e levantou um inquérito» para apurar responsabilidades. «O dr. António assumiu de imediato ter sido ele o autor», e foi «repreendido pela directora», acrescentou. No entanto, e de acordo com outra fonte contactada pelo DN, a ARS, após ter recebido as fotografias, «pediu explicações à sub-região de Braga», tendo a directora sido chamada a prestar declarações. «Queriam que instaurasse um processo disciplinar ao médico, mas ela recusou, porque já tinha sido repreendido e o cartaz retirado». O que levou a ARS a «exigir a sua demissão». Como não o fez, «foi chamada ao Porto em Janeiro e exonerada através de um simples ofício do ministro, que alegava ter sido atingido de forma jocosa». Segundo Antonino Leite, da ARS/ Norte, «a directora foi demitida por quebrar o dever de lealdade». O cartaz «tinha informação menos própria relativamente ao senhor ministro», disse ao DN, acrescentando que ao não levantar um processo disciplinar ao médico «violou o Estatuto dos Funcionários e Agentes do Estado».
Ministro da Saúde alega quebra de lealdade
A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, foi exonerada pelo ministro da Saúde por ter sido afixado nas instalações um cartaz considerado ofensivo para Correia de Campos.O cartaz, uma fotocópia de uma entrevista dada pelo ministro a 6 de Agosto do ano passado, com o título «Nunca vou a um SAP nem nunca irei», foi colocado por um médico, vereador da CDU na Câmara de Guimarães, que acrescentou à mão: «Façam como o ministro e vão às urgências a Braga», apurou o DN. Maria Celeste Cardoso, casada com o vice-presidente da autarquia local, eleito pelo PSD, foi substituída no cargo por Ricardo Armada, vereador do PS na Câmara de Ponte da Barca.A exoneração ocorreu em Janeiro, mas o despacho só ontem foi publicado em Diário da República. Nele pode ler-se o seguinte: «Pelo despacho (...) do Ministro da Saúde, de 05 de Janeiro, foi exonerada do cargo de directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho (...), com efeitos à data do despacho, por não ter tomado medidas relativas à afixação, nas instalações daquele Centro de Saúde, de um cartaz que utilizava declarações do Ministro da Saúde em termos jocosos, procurando atingi-lo». Maria Celeste Cardoso não quis ontem falar, mas, segundo o DN apurou junto de fonte conhecedora do processo, «o médico António Salgado Almeida colocou o cartaz com a entrevista dada pelo ministro ao Jornal de Notícias num placard próximo do serviço de Urgências». De acordo com a mesma fonte, «a afixação ocorreu durante um fim-de-semana de Outubro ou Novembro em que a directora não estava no centro». Nesse domingo, «um membro do PS local apareceu e fotografou o cartaz». Depois, acrescentou, «pediu o Livro Amarelo para fazer queixa», e «enviou as fotos para a ARS/ Norte». Após ter tido conhecimento deste episódio através de um telefonema de uma funcionária do centro, e simultaneamente da afixação do cartaz, a directora «deslocou-se às instalações e levantou um inquérito» para apurar responsabilidades. «O dr. António assumiu de imediato ter sido ele o autor», e foi «repreendido pela directora», acrescentou. No entanto, e de acordo com outra fonte contactada pelo DN, a ARS, após ter recebido as fotografias, «pediu explicações à sub-região de Braga», tendo a directora sido chamada a prestar declarações. «Queriam que instaurasse um processo disciplinar ao médico, mas ela recusou, porque já tinha sido repreendido e o cartaz retirado». O que levou a ARS a «exigir a sua demissão». Como não o fez, «foi chamada ao Porto em Janeiro e exonerada através de um simples ofício do ministro, que alegava ter sido atingido de forma jocosa». Segundo Antonino Leite, da ARS/ Norte, «a directora foi demitida por quebrar o dever de lealdade». O cartaz «tinha informação menos própria relativamente ao senhor ministro», disse ao DN, acrescentando que ao não levantar um processo disciplinar ao médico «violou o Estatuto dos Funcionários e Agentes do Estado».
1 comentário:
Este caso ainda é mais vergonhoso que o da anedota do senhor Charrua.
É mesmo caso para perguntar onde estava esta gente no 25 de Abril?
Provavelmente tinham andado na Mocidade Portuguesa e adoravam aquelas coisas... e outras, piores...
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