A propósito do post anterior, recupero agora um texto que escrevi em finais de Outubro de 2001. É o suporte de uma crónica de rádio (numa colaboração semanal que mantive durante três épocas do nosso futebol). Dias da Cunha andava pelo Sporting, Pinto da Costa pelo Porto (obviamente), João Malheiro pelo Benfica (mas não era presidente) e Boloni pelo Sporting (a treinar).
O presidente que não é…
O presidente que não é mais do que um D. Quixote do pontapé na bola, o doutor Dias da Cunha, lá vai insistindo em levar a água aos moinhos de vento. Se antes contava anedotas do Entreposto, agora vai narrando a qualquer jornalista que lhe apareça pela frente toda a sua saga em nome do monarca que tem muita honra em servir, o senhor Pinto da Costa. Tanta honra, ou mais, até, do que aquela que parece ter o senhor João Malheiro na defesa das águias, que depois de terem estado em vias de extinção parecem agora vir a recuperar.
O famoso fidalgo D. Quixote de La Mancha investia de lança em riste contra os moinhos de vento que só ele via. O outro, o doutor Dias da Cunha, sem lança mas com palavreado de gume bem amolado e com um balde de água em cada mão, lá anda agora a recuperar os velhos romances de cavalariça, perdão, de cavalaria. Carrega água, carrega água, e depois fica de boca aberta quando lhe perguntam onde estão as azenhas, que ninguém mais as vê a não ser ele. «Azenhas?!», acaba por estranhar o doutor Dias da Cunha. Eu cá só vejo entrepostos, ou antes, só vejo moinhos de vento, e é para lá que carrego a minha água, com um balde em cada mão!
Às vezes, algum jornalista mais incisivo ainda lhe pergunta pelo Sancho Pança, mas ele, nada, nem se descose. «Sancho Pança?! Qual Sancho Pança, amigo?», pergunta com ar assarapantado. E o jornalista: «Então, o seu escudeiro...» E o doutor Dias da Cunha: «Escudeiro, mas que escudeiro, ainda por cima agora, em tempos de morte do escudo e de chegada do euro!» Só depois de muitas insistências é que acabará por dizer: «Bem, isso do Sancho Pança, se me está a falar da substituição do senhor Boloni, o melhor é perguntar na sade; eu não sei de nada, mas podem muito bem andar em negociações com o senhor Marinho Peres.»
O presidente que não é…
O presidente que não é mais do que um D. Quixote do pontapé na bola, o doutor Dias da Cunha, lá vai insistindo em levar a água aos moinhos de vento. Se antes contava anedotas do Entreposto, agora vai narrando a qualquer jornalista que lhe apareça pela frente toda a sua saga em nome do monarca que tem muita honra em servir, o senhor Pinto da Costa. Tanta honra, ou mais, até, do que aquela que parece ter o senhor João Malheiro na defesa das águias, que depois de terem estado em vias de extinção parecem agora vir a recuperar.
O famoso fidalgo D. Quixote de La Mancha investia de lança em riste contra os moinhos de vento que só ele via. O outro, o doutor Dias da Cunha, sem lança mas com palavreado de gume bem amolado e com um balde de água em cada mão, lá anda agora a recuperar os velhos romances de cavalariça, perdão, de cavalaria. Carrega água, carrega água, e depois fica de boca aberta quando lhe perguntam onde estão as azenhas, que ninguém mais as vê a não ser ele. «Azenhas?!», acaba por estranhar o doutor Dias da Cunha. Eu cá só vejo entrepostos, ou antes, só vejo moinhos de vento, e é para lá que carrego a minha água, com um balde em cada mão!
Às vezes, algum jornalista mais incisivo ainda lhe pergunta pelo Sancho Pança, mas ele, nada, nem se descose. «Sancho Pança?! Qual Sancho Pança, amigo?», pergunta com ar assarapantado. E o jornalista: «Então, o seu escudeiro...» E o doutor Dias da Cunha: «Escudeiro, mas que escudeiro, ainda por cima agora, em tempos de morte do escudo e de chegada do euro!» Só depois de muitas insistências é que acabará por dizer: «Bem, isso do Sancho Pança, se me está a falar da substituição do senhor Boloni, o melhor é perguntar na sade; eu não sei de nada, mas podem muito bem andar em negociações com o senhor Marinho Peres.»
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